segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

FILOSOFIA - TEORIA DO CONHECIMENTO (PROFESSORA DANIELLE).


                                               2º ANO - FILOSOFIA

TEORIA DO CONHECIMENTO.

          O objetivo deste artigo é construir com o leitor um breve entendimento, através da história, sobre a compreensão das influências de várias teorias do conhecimento estabelecendo parâmetros de avaliação, critérios de verdade, objetivação, metodologia e relação sujeito e objeto para os vários modos de conhecimentos diante da crise da razão que se instaurou no século XX e que há de se prolongar neste presente século, através dos desafios da construção de uma ética normativa compatível com as evoluções das descobertas e do conhecimento no campo científico.

          Começamos por conceituar o conhecimento: Conhecimento é a relação que se estabelece entre sujeito que conhece ou deseja conhecer e o objeto a ser conhecido ou que se dá a conhecer.
          Na Grécia Antiga temos várias visões e métodos de conhecimento:
Sócrates: Estabelecendo seus métodos: ironia e maiêutica.
Platão - Doxa - A ciência é baseada na Opinião
Aristóteles - Episteme - A ciência é baseada Observação (Experiência)

                   I - Teoria do Conhecimento na Antigüidade:

Podemos perceber que os Filósofos gregos deixaram algumas contribuições para a construção da noção de conhecimento:
a. Estabeleceram a diferença entre conhecimento sensível e conhecimento intelectual
b. Estabeleceram diferença entre aparência e essência.
c. Estabeleceram diferença entre opinião e saber
d. Estabeleceram regras da lógica pra se chegar à verdade

   II -Teoria do Conhecimento na Idade Média:

1. Na Patrística - Temos a tendência da conciliação do pensamento cristão ao pensamento platônico, sendo seu grande expoente Santo Agostinho.
2. Na Escolásticas - Temos a anexação da Filosofia aristotélica ao pensamento cristão, com o estreitamento da relação Fé e razão, sendo seu grande expoente São Tomás de Aquino.
3. Nominalismo - Temos o final do domínio do Pensamento Medieval, com a separação da Filosofia da teologia através do esvaziamento dos conceitos. Sendo seus expoentes Duns Scotto e Guilherme de Oclkam.
                                              III - Teoria do Conhecimento na Idade Moderna: 
                 A primeira revolução Científica trouxe várias mudanças para o pensamento, dentre as quais podemos destacar a mudança da visão teocentrista (Deus é o centro do conhecimento), para visão antropocentrista (o homem é o centro do conhecimento).
1. O racionalismo de. René Descartes - O discurso do Método: A máxima do cartesianismo "Cogito ergo sun".
2. O empirismo:
a. John Lock - a experiência
b. David Hume - a Crença
3. O criticismo kantiano: O conhecimento a priori: Universal e necessário.
4. A herança iluminista: A razão.
IV - Teoria do Conhecimento na Idade Contemporânea: A Crise da Razão.
O novo iluminismo de Habermas
A razão crítica precisa:
a. Fazer a crítica dos limites
b. Estabelecer princípios éticos
c. Vincular construção a raízes sociais.
CONCLUSÃO:
A construção do conhecimento fundado sobre o uso crítico da razão, vinculado a princípios éticos e a raízes sociais é tarefa que precisa ser retomada a cada momento, sem jamais ter fim.
O assunto é por demais amplo e muito bem discutido por vários filósofos. Nossa pretensão foi apensas de trazer uma reflexão através de um esboço sistemático da história do conhecimento.
Deixamos para apreciação através de uma análise analítica e crítica os principais modos de conhecer o mundo e suas formas de abordagens para se chegar ao conhecimento verdadeiro.

Modos de Conhecer o Mundo Critérios de verdade Objetivação Metodologia Relação sujeito-Objeto
1. O Mito A Fé Dogmatismo - Doutrinamento e Proselitismo A experiência pessoal Relação Suprapessoal, onde a Revelação do Sagrado se manifesta (revela) sobrenaturalmente ao profano através do rito (Dramatização do mito, ou seja, da liturgia religiosa).
2. A Filosofia A razão A razão discursiva.
A dialética
(O discurso)
Relação transpessoal onde a palavra diz as coisas. O mundo se manifesta pelos fenômenos e é dizível através do logos.
3. O Senso Comum A cultura ética e moral A Tradição cultural
As crenças silenciosas
(Ideologias)
Relação interpessoal, onde a ideologia estabelecida pelas idéias dominantes e pelos poderes estabelecidos.
4. A Arte A estética Esteticismo = A subjetividade do artista e do contemplador (observador) da arte. O gosto Relação pessoal, onde a criatividade e a percepção da realidade do autor e a interpretação e sensibilidade do observador.
5. A Ciência A experimentação Objetividade -Comprovação de uma determinada tese de modo objetivo A observação Relação "impessoal", A isenção do cientista diante de sua pesquisa: O mito da neutralidade científica.

QUESTÕES
1.  Defina com precisão o conceito de conhecimento:
2.  Que contribuições os filósofos gregos deixaram  para servir de embasamento na costrução do conhecimento?
3.  O pensamento foi  influenciado por várias mudanças após a primeira revolução científica. Destaque-as:  
4.  A construção da teoria do conhecimento estabelece várias etapas. Cite-as:
5.  De que forma é analisado os principais modos de conhecer o mundo para se chegar ao conhecimento?
6.  No que se refere as visões e métodos de conhecimento, relacione:
(A) Sócrates                                              (   ) A ciência é baseada Observação.
(B) Platão                                                  (   ) Ironia e maiêutica.
(C) Aristóteles                                          (   ) A ciência é baseada na Opinião.  


3º Ano Filosofia.
 Jean-Paul Sartre – Vida e Obra 

        Jean-Paul Sartre nasceu em Paris, no dia 21 de junho de 1905. O pai faleceu dois anos depois e a mãe, Anne-Marie Schweitzer, mudou-se para Meudon, nos arredores da capital, a fim de viver na casa de Charles Schweitzer, avô materno de Sartre. Sobre a morte do pai, escreverá mais tarde: “Foi um mal, um bem? Não sei; mas subscrevo de bom grado o veredicto de um eminente psicanalista: não tenho Superego”.
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A Filosofia aparece a alguns como um meio homogêneo: os pensamentos nascem nele, morrem nele, os sistemas nele se edificam para nele desmoronar. Outros consideram-na como certa atitude cuja adoção estaria sempre ao alcance de nossa liberdade. Outros ainda, como um setor de­terminado da cultura. A nosso ver, a Filosofia não existe; sob qualquer forma que a consideremos, essa sombra da ciência, essa eminência parda da humanidade não passa de uma abstração hipostasiada.”

O “engajamento” existencialista 

         Ao estourar a Segunda Guerra Mundial, Sartre foi convocado para servir como meteorologista na Lorena. Em junho de 1940, caiu prisioneiro e foi encerrado no campo de concentração de Trier, Alemanha. Cerca de um ano mais tarde, conseguiu escapar e, na primavera de 1941, encontrou-se, em Paris, com Simone de Beauvoir.
Em Paris, Sartre fundou o grupo Socialismo e Liberdade, a fim de colaborar com a Resistência, produzindo panfletos clandestinos contra a ocupação alemã e contra os colaboracionistas franceses. Em março de 1943, encenou sua primeira peça teatral, intitulada As Moscas, uma lenda grega, segundo o programa. Na verdade, todos os elementos da peça funcionavam simbolicamente: o reino de Agamenão era a França ocupada; Egisto, o comando alemão que depusera ás autoridades francesas; Clitemnestra, os colaboracionistas; a praga das moscas, o medo de setores cada vez mais amplos da população; o gesto final de Orestes, eliminando a praga das moscas, uma exortação à luta contra os alemães.Em
O existencialismo é um humanismo, Jean-Paul Sartre defende diante de uma platéia formada por católicos e marxistas que o existencialismo não se trata de uma filosofia pessimista, contemplativa ou passiva. Para ele o existencialismo é uma doutrina de ação. Na medida em que seus ensinamentos dizem que o homem não tem nada e não é nada além do que suas atitudes o fazem ser, ele cria-se como quiser e é responsável por cada uma de suas ações. Esse aspecto de mudança e criação da sociedade e do ser se repete em As Moscas .
No mesmo ano, Sartre publicou um volumoso ensaio filosófico, iniciado em 1939: O Ser e o Nada, obra fundamental da teoria existencialista. Em 1945, uma nova peça teatral, Entre Quatro Paredes, põe em cena personagens que vivem os dramas existenciais abordados por Sartre nas obras teóricas. Os romances que escreveu na mesma época fazem o mesmo: A idade da Razão, Sursis, Com a Morte na Alma.
Terminada a Segunda Guerra Mundial, em 1945, Sartre dissolveu o movimento Socialismo e Liberdade, por corresponder apenas a uma necessidade da Resistência, e fundou a revista Os Tempos Modernos, juntamente com Merleau-Ponty (1908-1961), Raymond Aron (1905-1983) e outros intelectuais. Na revista apareceram os trabalhos mais diversos, colocando e analisando os principais problemas da época, sem qualquer espírito sectário.
Em 1946, diante das críticas à sua filosofia existencialista, exposta em O Ser e o Nada, Sartre publica O Existencialismo é um Humanismo, onde mostra o significado ético do existencialismo. No mesmo ano, publica também duas peças, Mortos sem Sepultura e A Prostituta Respeitosa e o ensaio Reflexões Sobre a Questão Judaica, onde defende a tese de que a emancipação dos judeus só será possível numa sociedade sem classes. Em 1948, encena As Mãos Sujas e, três anos depois, O Diabo e o Bom Deus. No plano da ação política, política essa época marca a aproximação de Sartre do Partido Comunista, ao qual acaba por filiar-se, em 1952. A intervenção soviética na Hungria, em 1956, leva-o, porém, a romper com o Partido e escrever um artigo, O Fantasma de Stálin, no qual explica sua posição, em face dos desvios do espírito do marxismo por parte das autoridades soviéticas.
Nos anos seguintes, Sartre continuaria sendo, ao mesmo tempo, um homem de ação e de pensamento. Em 1960, publica um extenso trabalho, ho, a Crítica da Razão Dialética, precedido ido pelo ensaio Questão de Método, nos quais se encontram reflexões no sentido de unir o existencialismo e o marxismo. A obra literária também não cessa e no mesmo ano é estreada a peça Seqüestrados de Altona, cujo tema é o problema do colonialismo francês na Argélia, embora a ação transcorra na Alemanha nazista. O interesse pelo problema argelino liga-se, em Sartre, aos problemas mais gerais do Terceiro Mundo. Viaja para Cuba e para o Brasil (1961) e vê no conflito vietnamita um alargamento “do campo do possível” por parte dos revolucionários vietcongs.
Em 1964, surpreende seus admiradores com As Palavras, análise do significado psicológico e existencial de sua infância. No mesmo ano é-lhe atribuído o Prêmio Nobel de Literatura, mas ele o recusa. Receber a honraria significaria reconhecer a autoridade dos juízes, o que considera inadmissível concessão.
               Questões para reflexão:

       De acordo com o texto responda:
  1. Sartre fundou o grupo Socialismo e Liberdade com que finalidade?
  2. O que aconteceu a Sartre durante a segunda guerra mundial?
  3. Qual é a obra fundamental da teoria existencialista?
  4. Sartre define o existencialismo de que forma?
  5. Relate a história de vida de Sartre.

    BOM TRABALHO!

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