quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

CULTURA DE IPUEIRAS (PROFESSORA ILVANA)


Cultura

           Os principais eventos culturais são a festa da padroeira, Nossa Senhora da Conceição, e a festa do Ipueiras Junina.
           Também uma grande frente de cultura é a Banda de Música Joaquim Catunda Sobrinho, que emociona todos os Ipueirenses em suas apresentações. A BANDA Instituída pela Lei nº 541/2002, em 27 de agosto de 2002, a Banda de Música Municipal Joaquim Catunda Sobrinho é a maior frente cultural do Município de Ipueiras, se destacando através de sua atuação nos mais diversos eventos do Município.
          Inicialmente foi regida pelo Maestro Lázaro Freire, passando então pelo renomado Maestro Jorge Antonio Martins Nobre e atualmente sob a batuta do Maestro Diógenes Catunda, conta com 26 músicos e 01 arquivista. A Banda de Música Municipal é o resgate de um sonho inacabado de Zé Viana, Manoel Sertanejo, Expedito e Joaquim Catunda e muitos outros precursores das primeiras bandas das décadas de 20 e de 30. É a 5ª Banda do município, e teve a sua denominação em homenagem a um dos músicos integrantes da 4ª Banda de Música que existiu, no ano de 1970, doada pelo então Deputado Estadual Aquiles Peres Mota.
           É uma entidade sem fins lucrativos e um patrimônio cultural município, que tem do atual Raimundo Melo Sampaio uma atenção especial, principalmente no tocante a maior profissionalização dos seus integrantes, que, na grande maioria, são jovens oriundos de famílias carentes e na faixa etária de 10 a 21 anos que recebem apoio do Município através de uma bolsa mensal, a título de incentivo cultural. Cadastrada junto à FUNARTE com o apoio da SECULT-CE, tem participado de vários eventos locais e regionais, tais como: 1ª Mostra de Banda dos Inhamuns, no Núcleo de Arte e Cultura – Nova Russas; Projeto Pra ver a Banda passar, do Centro Cultural Dragão do Mar – Fortaleza, além de participação em solenidades oficiais, datas cívicas, festas populares e religiosas, interpretando hinos, marchas, dobrados, música popular brasileira e peças eruditas, adaptadas a nossa banda que emociona e conquista o público.
           No ano de 2005, foi realizado o “Projeto Retreta de Fim de Tarde” tendo feito 21 apresentações nos bairros da cidade e sede de distrito, levando a música instrumental, às populações mais carentes, o que vem fazendo com que o povo de Ipueiras tenha mais qualidade de vida. Afinal, a alegria é todos nós.
COMPONENTES:
FLAUTAS: Geferson
CLARINETAS: Diego Leôncio Soares, Cauê Oliveira Pereira, Fco. Gleidson C. Moreira, Fca. Greicyara C. Melo, José Everton da Silva,
SAXOFONES: Fco. Roberto P. Nascimento, Fco. Danilo de Oliveira, José Everton da Silva, Alexandre Lopes, Luiz Nascimento da Silva, Antonio Cleudir,
TROMPETES: Fco. Kallyson de S. Fontenele, Antonio Carlos Paulino, Anto. Jefferson de S. Gomes, Pedro Henrique Masceno,
BOMBARDINO: César Ferreira de Paiva,
TROMBONES: Yan Carlos Matos Madeiro, Washington Ferreira de Paiva, Pedro Francisco da Silva,
TROMPAS/HORNS: Francisco Rafael Leitão Alves, Pedro Henrique do Nascimento,
BAIXO: José Idalmir Moreira Filho,
PERCUSSÃO: Dinho Mendes Araújo, Adeilton, Regina Ferreira, Rafael Melo
CARNAVAL DE IPUEIRAS
O CARNAVAL DE iPUEIRAS

 

 

                                   

Bloco Abababados – 1989

            Ipueiras sempre se destacou entre as cidades da zona norte do Estado, ao pé da Ibiapaba, como uma cidade carnavalesca desde as décadas de 30 e 40 do século passado, e manteve esta tradição fortalecendo-se a medida que a cidade crescia chegando ao seu apogeu no século XX precisamente na década de 80. 
            Foram nos anos oitenta que se viu surgir pela primeira vez na sede do município blocos. Fenômeno que repetiu-se em diversos anos seguidos sempre no carnaval, criando uma rivalidade sadia e competindo animadamente entre si. 
       Entre os mais destacados estavam : Mama na Égua, Tosse Braba, Olha nós Aí, Abababados e o Sisigura.

 

Bloco Sisigura - 1997

               Os cinco blocos citados já não mais existem, mas deixaram uma grata lembrança dos últimos carnavais do século passado em Ipueiras. Sendo que alguns dos que deles fizeram parte já se foram, e outros já não moram mais no município.
               Competiam todos juntos em desfiles pelas ruas e à noite no clube da cidade.
               O bloco Mama na Égua tinha como principal destaque o porta-bandeira já falecido Moacir Fontenele, figura que para os ipueirenses era a alma do carnaval da cidade, fazendo parte dele outro grande carnavalesco de muito valor José Gerardo, o Dadá.
                As vestimentas eram de seda com cores diversas e bem desenhadas. Cada bloco tinha seus trajes típicos e concorriam no clube da cidade pelo troféu de bloco vencedor.
                Com o passar dos tempos os blocos deram lugar ao carnaval de pequenos grupos e é este o que prevalece atualmente na cidade tendo como característica o rápido deslocamento que fazem de uma festa para outra. Já que o carnaval em Ipueiras não se realiza mais em um só salão.
                Outra característica inovadora é que muitos ipueirenses se deslocam para o carnaval de cidades vizinhas não se restringindo somente ao do município.
                 O tempo passou mas o carnaval de Ipueiras continua sendo uma festa para seus habitantes, antes só restrito aos clubes e à cidade, agora não só na cidade mas levando grupos que animam e enriquecem o carnaval das cidades irmãs


FESTAS JUNINAS PARA JEAN KLEBER
Em junho chegava o período das fogueiras, das festas de Santo Antônio, São João e finalmente São Pedro.
Delas a que mais brilhava era a de São João, também a mais conhecida e cantada.
           Isso narro não para o tempo presente, mas como a montar da memória retalhos. É de Ipueiras, ainda um garoto, ao ver do alto do morro do Cristo a cidade à noite, cheia de fogueiras que mais pareciam pontos fortes de luz oscilantes a variar entre o amarelo e o vermelho, das ruas amplas às ruelas até findar-se nos braços alongados aonde a cidade ia por fim acabar-se.
           Havia lá as quadrilhas, as quermesses, com sorteios para o benefício da paróquia e finalmente a devoção aos santos de cada festa.
           Balões riscavam o céu da pequena cidade, uns a pender quase caindo, mas por fim subindo, outros já em queda final e outros a subir até a vista finalmente apagar.
           Cada santo tinha uma ligação com o viver e o necessitar humano. Pobres padroeiros, responsáveis por tantas preces, e ainda hoje há de se atestar quantas estão por atender.
            Assim havia nas quadrilhas os casamentos matutos, os lances hilários do padre e finalmente, na dança os “anarriês” e “alevantous”, resquícios das típicas danças nobres francesas, perdidas da raiz e, incorporadas a uma tradição que de tão rica por si se bastava.
          Salões cheios de comidas. Aluás, bolos de milho, cocadas, pés-de-moleque, batata doce, quentão e jerimuns assados.

         As festas juninas evoluíram, não acabaram e quiçá nem hão de findar-se, mas no interior em muitas cidades pequenas, ao atento observador, há de perceber ainda traços arcaicos destas festas folclóricas, já não mais presentes nas realizadas em grandes centros.
            Expressão maior da alegria da alma nordestina, pois na região inteira faz-se forte a tradição, segue sob o grande luar e o céu estrelado a troca de pares na dança em que cavalheiros de chapéu de palha e damas de longos vestidos de chita fazem num ritual da dança a quadrilha junina, e ao dançarem nas noites que saúdam os santos, e repetir a cada ano no mesmo mês tais festas, levam-nos a concluir que, muitas coisas mudam, mas as essenciais permanecem, nelas o espírito junino do nordeste, fruto da alegria que este povo aprendeu a criar e ao mesmo tempo lançar no ato de tudo à comemorar.
               
        Proposta de atividade
01- Leia o texto e faça um comentário sobre a cultura de nossa cidade.
02-Faça um comparativo do carnaval dos anos 80 e o atual. 
03- Pelo texto de Jean Kleber, você pode perceber que as festas juninas de Ipueiras estão mudadas. Redija um texto relatando essas mudanças.


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